Introdução
A fitoterapia (tratamento da saúde com ervas medicinais)
é uma das modalidades da medicina holística.
Todos os vegetais produzem uma série de substâncias
químicas durante o seu metabolismo. Entre estas, encontram-se
substâncias especiais que ajudam na adaptação
das plantas ao meio em que vivem, atuando contra agentes agressores,
protegendo a planta contra doenças e pragas. Essas
substâncias, também chamadas de princípios
ativos naturais, podem ser aproveitados na forma medicinal
para tratar enfermidades e promover a saúde.
As plantas são usadas pelo homem desde o início
dos tempos para sua sobrevivência, saúde e bem
estar. No início do século 19, quando foram
descobertos os primeiros métodos de análise
química, os cientistas aprenderam a extrair e modificar
os ingredientes ativos das plantas. Mais tarde os químicos
começaram a produzir suas proprias versões dos
componentes das plantas, iniciando, assim, a transição
de medicamentos naturais para sintéticos. Com o passar
do tempo, o uso de ervas medicinais foi largamente substituido
pelos medicamentos sintéticos.
O objetivo da medicina convencional é localizar a
fonte física da doença e, em seguida, removê-la.
Por exemplo, se um paciente tem uma infecção
provavelmente lhe será prescrito um antibiótico
para matar a bacteria invasora. Já os praticantes da
"medicina holística" acreditam que saude
e doença envolvem uma complexa interação
entre fatores físicos, espirituais, mentais, emocionais,
genéticos, ambientais e sociais. Para tratar uma doença
ou promover a saude a medicina holística procura "tratar
a pessoa", levando em consideração todos
esses fatores.
Por uma série de motivos científicos, culturais
e políticos essa medicina passou a ser rotulada como
"alternativa". O mais correto seria deniminá-la
de "complementar e alternativa", como já
ocorre nos Estados Unidos onde ela é conhecida como
CAM (Complementary and Alternative Medicine), pois determinados
procedimentos da "medicina convencional", tais como
certos exames e cirurgias, jamais poderão ser prescindidos.
Já medicamentos naturais e outras práticas holísticas
podem perfeitamente substituir medicamentos sintéticos
e também complementar ou integrar o tratamento convencional.
Atualmente verifica-se em todo o mundo uma volta às
origens. A "medicina holistica" vêm, a cada
dia, conquistando mais crédito junto aos usuários
e às comunidades científicas. A fitoterapia
é recomendada pela ORGANIZAÇÃO MUNDIAL
DA SAUDE na prevenção e tratamento de doenças,
porque alia eficácia a um custo mais acessível
e provoca menos efeitos colaterais do que os medicamentos
sintéticos.
Estas páginas têm como objetivo informar sobre
como podemos utilizar os recursos que a natureza nos disponibiliza
para a nossa saúde e bem estar. Os dados aqui contidos
não devem ser usados para diagnose ou tratamento nem
para substituir a orientação médica apropriada.
Próstata
Vista lateral (corte)
A próstata é um pequeno órgão
glandular situado logo abaixo da bexiga, atravessado pela
uretra; tem o tamanho de uma amêndoa, pesa, de acordo
com a idade, cerca de 20 a 30 gramas (estima-se que a prostata
cresça aproximadamente 0,4 gramas por ano a partir
da idade dos 30) e mede entre 20 e 30 cc. Só os homens
possuem próstata e o seu desenvolvimento é estimulado
pela testosterona, o hormônio sexual masculino produzido
pelos testículos. A função da prostata
é produzir uma substância que, juntamente com
a secreção da vesícula seminal e os espermatozóides
produzidos nos testículos, vai formar o sêmem
ou esperma.
A tres principais doenças que acometem a próstata
são: Hiperplasia benigna da próstata (HBP),
Tumor maligno (Câncer) e Prostatite (inflamação
da próstata).
Hiperplasia Benigna da
Próstata (HBP)
É o aumento do volume da próstata, ou seja,
crescimento benigno. As causas ainda não estão
bem determinadas. Acredita-se que, a BHP é causada
pelo acumulo de testosterona na prostata. A testosterona é
convertida em dihidrotestosterona (DHT), a qual provoca uma
multiplicação das células, tendo como
consequência o crescimento da próstata..
Ocorre dos 40 anos em diante, sendo mais comum a partir dos
60 anos. Atinge 50% dos homens aos 60 anos e 90% dos homens
entre 70 e 80 anos. Nesta fase, tanto a prostatite quanto
o câncer costumam ocorrer e os sintomas são ausentes
ou muito semelhantes aos da HBP.
Um estudo feito no Brasil com pacientes de um hospital público
confirmou o resultado de pesquisas realizadas em diversas
partes do mundo indicando que o aumento do nível do
PSA e o crescimento da prostata tem uma relação
direta com a idade.
Volume gramas |
Volume medio cc |
Idade média |
PSA médio |
> 30 |
21,99 |
60,96 |
1,58 |
30 - 39 |
34,32 |
63,77 |
2,05 |
40 - 49 |
47,44 |
65,70 |
3,97 |
> 60 |
97,50 |
68,00 |
6,19 |
Sintomas
O crescimento da próstata comprime a uretra prostática
determinando uma série de sintomas urinários.
Os mais comuns são: levantar-se várias vezes
à noite para urinar, ardência ao urinar, diminuição
da força e calibre do jato urinário, sensação
de não ter esvaziado completamente a bexiga após
urinar, urinar em dois tempos, desejo imperioso de urinar,
aumento do número de micções, urina sanguinolenta,
gotejamento acentuado no final da micção, diminuição
do volume ejaculado, incapacidade de urinar espontaneamente
(retenção urinária).
A HBP não tratada pode levar a sérias complicações:
retenção urinária (urina presa); infecção
urinária; cálculos (pedras) na bexiga; insuficiência
renal e descompensação da bexiga. A HPB, entretanto,
por si, não leva ao câncer de próstata.
Diagnose
Todo homem, a partir dos 40 anos deve fazer anualmente um
exame preventivo, pois é a única maneira de
se detectar tanto a HBP quanto o câncer em fase inicial
e ainda curável. Caso tal exame não venha sendo
realizado regularmente, a tabela abaixo indica o grau dos
sintomas da HBP.
TABELA INTERNACIONAL DE SINTOMAS PROSTÁTICOS
|
Nenhuma |
Menos de 1
vez em 5 |
Menos da me
tade das vezes |
Metade das
vezes |
Mais daaa metade
da vezes |
Quase sempre |
1.
Quantas vezes ficou a sensação de não esvaziar totalmente
a bexiga? |
0 |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
2.
Quantas vezes teve de urinar novamente menos de duas
horas após ter urinado? |
0 |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
3.
Quantas vezes observou que, ao urinar, parou e recomeçou
várias vezes? |
0 |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
4.
Quantas vezes observou que foi difícil conter a urina? |
0 |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
5.
Quantas vezes observou que o jato urinário estava fraco? |
0 |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
6.
Quantas vezes teve de fazer força para começar a urinar? |
0 |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
7.
Quantas vezes, em média, teve de se levantar á noite
para urinar? |
0 |
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
|
|
|
|
|
|
|
Subtotais |
|
|
|
|
|
|
Total
geral
|
|
Sintomas (total de pontos)
0 a 7 - leve (porém não deixe de fazer os exames
preventivos)
8 a 19 - moderado: é conveniente submeter-se logo
a exames para melhor avaliação
20 ou mais - grave: procure imediatamente um urologista
Diversos testes ajudarão o urologista a identificar
e avaliar o problema, sendo mais comuns os seguintes (vide
mais informações no capítulo da prevenção):
Toque retal
O toque retal é realizado pela introdução
do dedo indicador do médico, lubrificado e enluvado,
no ânus do paciente; dura de 5 a 30 segundos, é
relativamente indolor. Esse exame fornece ao médico
informações sobre o tamanho e a condição
geral da prostata.
Exame do PSA
O teste do antígeno prostático (PSA) é
um exame de sangue, feito em laboratório. Se o resultado
mostrar que o PSA está acima do normal, isso significa
que está havendo alterações na glândula
e o médico poderá recomendar outros exames para
determinar a melhor forma de tratamento.
Ultrasonografia (transretal ou abdominal)
Trata-se de um método não-invasivo que permite
avaliar o tamanho e a textura da próstata, resíduo
urinário na bexiga e outras alterações
do trato urinário.
Tratamento Convencional
O tratamento convencional é escolhido de acordo com
o caso e inclui
Acompanhamento
Nos casos em que a prostata tenha sofrido apenas um pequeno
aumento de volume, pode-se optar por uma observação
cuidadosa, onde apenas se acompanha a evolução
do caso através de avaliações periódicas,
já que, nesta condição, em até
um terço dos casos os sintomas podem vir a desaparecer.
Medicamentos
Alfabloqueadores, (HYTRIN, CARDURAN, FLOMAX) que relaxam
a musculatura da prostata e facilitam a emissão da
urina, porém não resolvem o problema pois a
próstata continua crescendo, além de apresentar
efeitos colaterais, tais como: dor de cabeça, tonturas
e cansaço.
Finasterida (PROSCAR, PROPECIA), que diminui parcialmente
o tamanho da prostata porém, por inibir a ação
do hormônio masculino, provoca uma diminuição
do desejo sexual, dificuldade em obter ereções
e problemas ejaculatórios.
Procedimentos não cirúrgicos
Termoterapia transuretral por microondas em 1996 o FDA americano
aprovou um dispositivo chamado de Prostaton o qual utiliza
microondas para aquecer e destruir o excesso de tecido prostatico.
O prostaton envia, através de um cateter, microondas
controladas por computador para queimar partes selecionadas
da prostata. Um sistema de resfriamento protege o trato urinário
durante o proceso. Esse tratamento não cura a HBP,
porém reduz os problemas urinários, exceto no
que diz respeito ao esvaziamento incompleto da bexiga.
TUNA também aprovado pelo FDA em 1996. Esse sistema
utiliza agulhas para enviar energia de radiofrequencia de
baixo nível para uma região predeterminada da
prostata. Um dispositivo protege o trato urinário durante
o procedimento. Esse sistema melhora o fluxo urinário
com menos efeitos colaterais do que a RTUP.
Cirurgias
RTUP (ressecação transuretral da prostata)
e EVAP (eletrovaporização da prostata). Em ambos
os casos, introduz-se um tubo pela uretra e corta-se a prostata
em pequenos pedaços os quais são posteriormente
aspirados (RTUP) ou faz-se o corte a laser (EVAP).
Prostatectomia a ceu aberto. É uma cirurgia convencional,
a partir de um corte no baixo ventre; apresenta mais riscos
que a RTUP.
Todas as cirurgias para HBP não retiram completamente
a próstata; apenas o "miolo", deixando a
cápsula (casca) intacta, o que não garante a
solução definitiva dos problemas com a próstata,
pois o câncer pode se desenvolver a partir da cápsula.
Além do mais é comum a ocorrência de ejaculação
retrógrada após o tratamento cirúrgico
da HBP; trata-se da não expulsão do sêmen
no momento do orgasmo, e sim misturado com a urina no ato
da micção. Vide mais informações
no tópico Cirurgia.
Tratamento Alternativo/Complementar
Fitoterapia
As plantas medicinais vêm sendo casa vez mais usadas
no tratamento da HBP. Na Europa as terapêuticas de origem
vegetal também são amplas e uma grande parte
dos tratamentos disponíveis para HBP são fitoterápicos.
Na Alemanha especificamente, mais de 50% dos urologistas preferem
agentes de origem vegetal em lugar de produtos de origem sintética
no tratamento de HPB
Os principais fitoterápicos utilizados no tratamento
da HBP são os seguintes:
Saw Palmetto e Urtiga O saw palmetto(Serenoa repens, Sabal
Serrulata) tem obtido destaque mundial no tratamento médico
da Hiperplasia Benigna da Próstata graças aos
numerosos trabalhos científicos realizados nos Estados
Unidos e Europa, que comprovaram sua eficácia e segurança.
(1) (2) (3) (4) (5) (6)
O extrato do saw palmetto previne a conversão de testosterona
em dihidrotestosterona. Em diversos estudos o extrato de saw
palmetto se mostrou eficaz no tratamento da HBP, mais ainda
que o medicamento sintético finasterida (PROSCAR).
Enquanto o PROSCAR leva até um ano para fazer efeito,
o saw palmetto apresentou melhores resultados em um período
muito mais curto. A maioria dos pacientes começou a
apresentar alívio dos sintomas já no primeiro
mês de tratamento com saw palmetto, sem os efeitos colaterais
normalmente acarretados pelo medicamento sintético
(queda de pressão arterial, dor de cabeça, tonturas,
fraqueza e distúrbios sexuais)
Estudos científicos indicam que a urtiga (urtica dioica),
em combinação com outras ervas, principalmente
o saw palmetto, pode ser um tratamento eficaz da HBP, aliviando
os sintomas urinários (redução do fluxo
urinário, esvaziamento incompleto da bexiga, gotejamento
no final da micção, aumento do número
de micções etc). Estudos feitos em laboratório
demonstraram que a urtiga pode ser comparada à finasterida
na redução do crescimento de células
prostáticas. (1) (7)
Pygeum (Pygeum africanum) Análises químicas
e estudos farmacológicos indicam que o extrato do pygeum
possui tres categorias de princípios ativos: os fitosterois,
inclusive o beta-sitosterol, apresenta efeitos anti-inflamatórios
ao interferir com a formação de prostaglandinas
pro-inflamatórias que tendem a se acumular na prostata
de homens com HBP; os terpenos pentacíclicos apresentam
efeitos anti-edema e descongestionante; o ultimo grupo são
esteroides que reduzem os níveis do hormônio
prolactina e também bloqueiam o colesterol na próstata.
(8) (9) (10) (11) (12)
Polen e Propolis Diversos estudos e testes comprovaram que
o extrato de polen tem efeito profilático no tratamento
de adenomas e inflamações da próstata.
O pólen é rico em hormônios vegetais e
enzimas que atuam sobre a próstata. Sabe-se que os
hormônios vegetais não tem efeitos colaterais
e tem a surpreendente faculdade de regular as glândulas
endócrinas. (13) (14) (15) (16) (17) (18)
O Propolis contem mais de 200 compostos quimicos já
idenificados. Estes compostos possuem diversas atividades
fisiológicas já comprovadas cientificamente,
tais como antimicrobiana, antiinflamatória, antioxidante,
antiviral e antitumoral. A propolis reduz a inflamação
crônica associada à HBP.
Veja no link o depoimento de uma pessoa que controlou sua
HBP com o uso de propolis e polen https://igspot.ig.com.br/prostatasaudavel/
Uva ursi (Arctostaphylos uva-ursi) Esta erva medicinal não
atua diretamente na HBP mas combate as infecções
das vias urinárias normalmente decorrentes da HBP,
cálculos urinários e inflamações
crônicas renais, além de inflamações
na boca, garganta, intestinos e órgãos genitais,
inflamações crônicas da próstata
e uretra, diarréias e disenterias, cistites e catarros
vesicais.
Prevenção
Embora não exista uma fórmula que possa garantir
que você não irá desenvolver HBP ou câncer
de próstata, você pode tomar algumas medidas
que irão reduzir o risco ou possivelmente atenuar o
desenvolvimento da doença. Vide no tópico sobre
Prevenção.
Tumor Maligno da Próstata
(Câncer)
Câncer é uma doença caracterizada pelo
crescimento não controlado e a disseminação
potencial de células anormais. O corpo humano é
costituido por bilhões de células e, normalmente,
as células se reproduzem por divisão, o que
possibilita o crescimento. Ocasionalmente as células
crescem de forma anormal, formando uma massa que é
chamada de tumor. Alguns tumores são benignos, ou seja,
não cancerosos. Outros são malignos, cancerosos.
A ocorrência de tumores benignos pode interferir com
as funções corporais porém, raramente
trazem risco de vida. Por outro lado, tumores malignos invadem
e destroem os tecidos normais Por um processo conhecido como
metastese, as células se despreendem do tumor e se
espalham através do sangue e dos nodulos linfáticos
para outras partes do corpo, onde formam novos tumores. Algumas
vezes o cancer cresce e se espalha rapidamente, outras vezes
se desenvolve e se espalha lentamente.
Como em outras partes do corpo, as células cancerosas
podem crescer dentro da próstata. Em alguns casos mais
avançados o cancer pode se espalhar para fora da prostata
O CÂNCER DA PRÓSTATA é uma doença
que pode surgir com o envelhecimento do homem, a partir dos
40 anos. À medida que o homem vai envelhecendo, a incidência
dessa doença vai aumentando. Quanto mais cedo essa
doença atinge o indivíduo, mais grave ela será.
Quanto mais tarde se fizer o diagnóstico, mais difícil
será a cura. Nos Estados Unidos, é o câncer
mais diagnosticado em homens e a segunda causa principal de
todas as mortes por câncer. No Brasil, apesar das estatísticas
não serem muitos fiéis, já caminha para
a primeira causa..
O câncer da próstata, quando avança,
pode espalhar-se pelo corpo (metástase), vindo a atingir
outros órgãos, e principalmente os ossos. Uma
dor na coluna vertebral num indivíduo na idade de risco
pode ser até uma disseminação do tumor.
Pode também atingir as costelas, bacia, fêmures,
etc.; muitas vezes o indivíduo tem uma fratura espontânea
do fêmur, sem qualquer trauma, o que poderá ser
uma fratura patológica, provocada pela disseminação
do tumor.
A origem do cancer da prostata é desconhecida, entretanto,
presume-se que alguns fatores possam influenciar o seu desenvolvimento.
Fator genético, visto a incidência desta neoplasia
ser maior em familiares portadores da doença. A presença
de cancer da prostata em parentes do primeiro grau aumenta
a probabilidade.
Fator étnico os homens da raça negra têm
mais predisposição para desenvolver câncer
na próstata. Nos Estados Unidos, onde as estatísticas
são mais confiáveis, os assim chamados afro-americanos
apresentam dua vezes mais riscos do que os homens de origem
caucasiana
Fator hormonal o câncer de prostata regride de maneira
significativa com a supressão dos hormônios masculinos
(por exemplo, castração). Pesquisas feitas em
ratos tratados cronicamente com testosterona mostraram o desenvolvimento
do câncer de próstata nesses animais. A testosterona
não é indutora de câncer, entretanto,
em homens já com a neoplasia ou com predisposição,
a testosterona estimularia o seu crescimento. Por outro lado,
o cancer da prostata não ocorre em eunucos.
Fator dieta Dietas ricas em gordura predispõem ao
câncer. Levantamentos epidemiológicos em áreas
geográficas de maior incidência de cancer da
prostata demonstrou que dietas ricas em gordura aumentam os
riscos de seu aparecimento.
Fator ambiental Populações de baixa incidência
de CANCER DA PROSTATA , quando migram para áreas de
alta incidência, apresentam um aumento na ocorrência
de casos. Fumaça de automóveis, cigarro, fertilizantes
e outros produtos químicos estão sob suspeita.
Sintomas
O grande problema é que, na maioria das vezes, o câncer
de próstata, na sua fase inicial, não apresenta
nenhum sintoma. Isto ressalta a necessidade imperiosa do exame
preventivo regular a partir dos 40 anos. Numa fase adiantada,
começará a obstruir a urina, como ocorre com
o tumor benigno (HBP), mas o tratamento curativo já
é mais difícil. Pesquisas já mostraram
que em autópsias realizadas em 100 indivíduos
de 40 a 50 anos que vieram a falecer de várias causas,
4 deles eram portadores de câncer da próstata,
sem nunca terem se queixado de qualquer sintoma. O tumor maligno
da próstata pode estar associado ao tumor benigno,
logo, os sintomas podem ser os mesmos
Nos casos de cancer da prostata sintomático, pode
ocorrer dificuldade para urinar, jato urinário fraco,
sensação de não esvaziar bem a bexiga,
ou seja, sintomas de obstrução urinária
Sangramento na urina pode ser uma queixa, embora mais rara.
Muitos desses sintomas são os mesmos da HBP A pessoa
pode manifestar dores ósseas como sinal de uma doença
mais avançada (metástases). Anemia, perda de
peso, adenopatias (ínguas) no pescoço e na região
inguinal podem também ser a primeira manifestação
da doença.
Diagnose
Todo o homem a partir dos 40 anos deve realizar o toque retal
e dosagem do PSA, principalmente aqueles que apresentam fatores
de risco conforme mencionado no item anterior, independentemente
de sintomas. Em caso de toque anormal e ou PSA elevado, o
paciente deverá ser submetido a uma ecografia transretal
com biópsia prostática. Os fragmentos obtidos
serão levados ao exame anátomo-patológico.
Uma vez confirmado o diagnóstico, o tumor deverá
ser dimensionado. Isto significa que outros exames deverão
ser solicitados a fim de que se possa saber se o tumor está
confinado à próstata ou se já invadiu
órgãos adjacentes (bexiga, vesículas
seminais, reto) ou se já virou metástases. A
cintilografia óssea é o exame mais útil
nessa fase e nos dá informações quanto
a metástases no esqueleto. Outros exames eventualmente
pedidos são: fosfatase alcalina, tomografia computadorizada
de abdômen, radiografias de tórax, radiografias
do esqueleto.
Um dos métodos para se dimensionar o tumor é
conhecido por Sistema A - D:
Nível A - Estágio inicial. O tumor está
localizado dentro da glândula prostática e não
consegue ainda ser detectato pelo exame de toque retal.
Nivel B - O tumor ainda está restrito à prostata
porém já se consegue detetá-lo no toque
retal.
Nivel C - Estágio mais avançado. Indica que
o cancer já se espalhou para fora da prostata atingindo
areas vizinhas à mesma, porém, ainda não
se espalhou para outros orgaos. Esse estágio normalmente
pode ser detectato pelo exame de toque retal.
Nivel D - O câncer já se espalhou por orgaos
vizinhos e normalmente para areas mais distantes, tais como
ossos e nódulos linfáticos.
|
Exame de
toque retal |
Nivel do PSA |
|
|
0-4 ng/ml |
4-10 ng/ml |
+ de 10 ng/ml |
|
|
Normal |
Baixo |
Medio |
Alto |
|
|
Anormal |
Médio |
Alto |
Alto |
|
Tratamento convencional
O tratamento do cancer da prostata é muito controverso
pois são muitas as variáveis: idade do paciente,
níveis do PSA, estágio do tumor, tipo histológico.
Além disso, deve-se discutir com o paciente as complicações
do tratamento.
Tanto a prostatectomia radical quanto a radioterapia podem
deixar o paciente impotente bem como incontinente urinário.
O tratamento com hormônios diminui a libido e causa
impotência sexual. Deve-se considerar também
a idade do paciente na época do diagnóstico
e sua expectativa de vida sem a doença. Pacientes muito
idosos e com baixa expectativa de vida certamente se beneficiarão
com tratamentos menos agressivos.
De modo geral a linha de tratamento segue a seguinte orientação:
· Para os tumores localizados dentro da glândula,
a prostatectomia radical e a radioterapia são as primeiras
opções e consideradas curativas.
· Os tumores que avançam para fora da próstata,
mas sem evidência de metástases, são geralmente
tratados com radioterapia pois, neste caso, a simples retirada
da prostata não irá resolver o problema.
· Os tumores metastáticos são paliativamente
controlados com hormônios femininos, orquiectomia (retirada
dos testículos), drogas anti-androgênicas ou
análogos do LHRH (bloqueiam a produção
de testosterona).
Problemas psicológicos e culturais fazem da retirada
dos testículos um tratamento indesejado. Outras formas
de terapia não têm apresentado bons resultados
ou estão ainda sob investigação, como
é o caso da quimioterapia, terapia genética
e fatores do crescimento.
As expectativas com relação ao tratamento dependem
da extensão e grau histológico (grau de anormalidade
das células cancerosas quando comparadas com as células
normais), principalmente. Se o cancer da prostata é
localizado e se o paciente realizar uma prostatectomia radical,
a sobrevida em 10 anos pode atingir 90%, sendo equivalente
à da população normal. O índice
de recorrência local após 5 anos é de
10% contra 40% da radioterapia. A radioterapia utilizada no
cancer da prostata localizado ou localmente avançado
(fora da próstata mas sem metástases) apresenta
biópsias positivas de 60 a 30% dos casos quando realizadas
seis meses e dois anos respectivamente após o tratamento.
Nos casos metastáticos, o tratamento é paliativo
e o prognóstico bem mais reservado.
Tratamento Alternativo/Complementar
Fitoterapia
Os principais fitoterápicos utilizados na estimulação
do sistema imunológico são:
Echinacea (Echinacea angustifolia) A Echinacea é um
dos mais conhecidos estimuladores do sistema imunológico.
Ela estimula as celulas brancas do sangue, as quais são
responsáveis pelo combate a infecções.
Pesquisas indicaram que a echinacea aumenta a atividade de
uma celula branca específica, os macrofagos. Descobriu-se
que uma glicoproteina encontrada na echinacea aumenta substancialmente
a ação dos macrofacos em provocar a morte de
celulas cancerosas
A echinacea se comporta como um tônico, mantendo, dentro
de limites aceitáveis, a relação entre
celulas vermelhas e brancas no sague. Ela faz isto aumentando
ou diminuindo a quantida de celulas brancas, quando há
desequilíbrio. A echinacea parece aumentar a taxa de
fagocitos, os quais são responsáveis pela eliminação
de residuos e pelo aumento da destruição de
substâncias estranhas ao sangue.
Em 1978, pesquisadores na Alemanha descobriram que a echinacea
age de uma maneira similar ao interferon, quer estimulando
a produção de interferon ou adquirindo algumas
de suas caracteristicas. Não se descobriu como isto
funciona, mas comprovou-se que funciona.
Ipê Roxo, Pau D'arco ou Lapacho (Tabebuia impetiginosa)
É grande estimulante do sistema imunológico.
O ingrediente ativo é o lapachol, um fitoquimico conhecido
como naftaquinona (fator-N). Um outro componente importante
é a antraquinona (fator-A). Contem também ingredientes
como quercitina e outros flavonoides, os quais contribuem
para a eficácia no tratamento de tumores e infecções.
Acredita-se que esta erva estimula a produção
de celulas vermelhas do sangue na medula ossea, o que aumenta
a capacidade do sangue em transportar oxigênio, com
importantes implicações para a saude dos tecidos
através do corpo.
Graviola ( Annona Muricata) A Graviola tem uma historia rica
e antiga como erva medicinal. Desde 1940 , os cientistas descobriram
diversos compostos bioativos e fitoquimicos nas raízes,
casca, folhas, flores e sementes da Graviola . Estudos realizados
desde 1976 em um programa comandado nos EUA pelo Instituto
Nacional do Câncer revelou propriedades citotoxicas
muito ativas contra células cancerígenas. Um
dos estudos revelou que um componente isolado da Graviola
era citotoxico e levava à cura do adenocarcinoma do
cólon e que tinha função quimioterapica
10000 vezes mais potente do que a adriamicina, uma droga quimioterapica
muito utilizada nestes casos. Mais adiante em 1998, foram
reafirmadas estas propriedades com 4 novos estudos de propriedades
fitoquimicas e anticancerigenas mais fortes. Entre os vários
estudos e aplicações ficou comprovado a citotoxidade
entre 6 tipos de células humanas e em especial contra
a adenocarcinoma da próstata (PC-3) e células
carcinoma pancreáticas (PACA-2)
Unha de Gato (Uncaria tomentosa) Conhecida por possuir alcalóides
patenteados e que estimulam o sistema imunologico a uncaria
tomentosa é utilizada ao redor do mundo como coadjuvante
no tratamento do cancer e também em outras doenças
que causam impacto negativo no sistema imunológico.
(19).
Além desta atividade imunologica, outras propriedas
anti-cancerigenas tem sido documentadas como alcalóides
e outros ingredientes que compoem a Unha de Gato. Cinco destes
anti-oxidantes alcalóides estão documentados
clinicamente com propriedades anti-lecucemicas e demonstraram
atividades anti-tumorais e propriedades antimutagenicas (20)
Os relatórios observam também que pacientes
que tomam unha de gato junto com a terapia tradicional como
quimioterapia e radiação reportaram bem menos
efeitos colaterais (queda de cabelo, perda de peso, nauseas,
problemas de pele e outros efeitos secundários)
Suma (Pfaffia Paniculata) A Suma é conhecida no Brasil
pelo seu nome cientifico de Pfaffia Paniculata e também
é chamada de Ginseng Brasleiro. No âmbito popular
é usada como tônico, rejuvenescedor e energético.
Em medicina fitoterápica é considerada em todo
o mundo como um adaptogem. Para cientistas, pesquisadores
e em livros e revistas publicadas Suma é considerada
um tônico para o sistema cardiovascular, sistema nervoso,
sistema reprodutivo, desordens do sistema digestivo e hormonal,
esterilidade e disfunção sexual, arteriosclerose,
diabetes, desordens digestivas, da circulação,
reumatismo e bronquite. O sistema imunológico é
fortalecido quando se toma Suma. Como suplemento nutricional
a Suma contém 19 aminoacidos diferentes. Diversas publicações
informam que estudos avançados constataram sua utilidade
na cura da Leucemia e de Linfomas diversos.
Propolis O mais pesquisado e amplamente aceito atributo do
propolis é sua atividade imunológica. Vide mais
informações no tópico Prevenção.
Hipérico (Hypericum perforatum) Pelo menos 25% das
pessoas com cancer de prostata entram em depressão
e muitos em um estado quase permanente de ansiedade. O Hipérico
tem uma longa história no tratamento da ansiedade,
insônia e da depressão. Pesquisas médicas
atuais demonstraram que o hipérico é tão
eficaz contra depressão moderada e média quanto
medicamentos antidepressivos sintéticos. Entretanto,
ao contrário desses medicamentos, os efeitos colaterais
do hipérico são raros e brandos. Estudos clinicos
demonstraram resultados significativos em sintomas de ansiedade,
apatia, insônia, anorexia, retardo psicomotor, melancolia
e sentimentos de depressão e de inutilidade. O Hipérico
tem um histórico excepcional de segurança em
seu uso na medicina popular. Ao contrário de medicamentos
antidepressivos sintéticos, não há nenhum
registro de morte pelo seu uso. Estudos monitorados em mais
de 7000 pacientes confirmam a sua segurança. O uso
extensivo do Hipérico por milhões de pessoas
não registra nenhum caso de efeito colateral sério.
Não recomendado, porém, o uso concomitante com
outros antidepressivos, assim como por diabéticos e
transplantados.
Prevenção
Embora não exista uma fórmula que possa garantir
que você não irá desenvolver HBP ou câncer
de próstata, você pode tomar algumas medidas
que irão reduzir o risco ou possivelmente atenuar o
desenvolvimento da doença. Vide tópico Prevenção
Dieta e suplementos
O êxito no tratamento de câncer, depende muito
do estado nutricional do paciente. Nesta fase, uma dieta equilibrada,
rica em determinados nutrientes, pode providenciar uma melhor
qualidade de vida, com possível redução
dos efeitos colaterais e melhor reabilitação.
O paciente quando está com câncer possui algumas
particularidades: diminuição da ingestão
alimentar; diminuição da absorção;
alteração do metabolismo; diminuição
da função imunológica
Dessa maneira, a alimentação deve apresentar
algumas mudanças. Alguns alimentos são importantes
para ajudar no processo de eliminação de possíveis
metais pesados, que podem estar dentro das células
prejudicando sua função, tais como: alimentos
ricos em aminoácidos sulfurados como: feijão,
alho e cebola; alimentos ricos em selênio e vitamina
E: castanha do pará e amêndoas.
Evitar a cafeína pois contém substâncias
que diminuem a absorção de nutrientes. A cafeína,
além de estar presente no café, aparece também
nos refrigerantes à base de cola, chá mate e
preto e chocolate.
É importante que a pessoa esteja bem hidratada, ingerindo
mais de 2 litros de água por dia; ingerir legumes,
verduras e frutas pois possuem enzimas digestivas e fitoelementos
que aumentam o poder dos antioxidantes naturais; utilizar
iogurte natural com mel; levedo de cerveja e alcachofra para
a desintoxicação do fígado (que fica
sobrecarregado com a presença das drogas específicas
para a doença).
Assim como o tratamento quimioterápico ou radioterápico
aumenta muito a produção de radicais livres
também em células normais, diminuindo a imunidade,
é importante deixá-las com um bom sistema de
defesa. Para aumentar as defesas do organismo, alimentos ricos
em vitaminas antioxidantes (vitaminas E, C e Betacaroteno),
são muito importantes.
Os nitritos e nitratos são substâncias químicas
colocadas em carnes (salsichas, lingüiças, salames,
embutidos, enlatados e defumados) para assegurar sua maior
conservação e melhorar sua aparência.
Ao contato com aminas (presentes nos alimentos) mais a acidez
do estômago, os nitritos e nitratos, se transformam
em nitrosaminas, substância altamente cancerígena.
A vitamina C consegue "seqüestrar" estas nitrosaminas
e não deixa que elas causem danos ao organismo. Alimentos
ricos em glutamina (que renova as células da mucosa,
aumentando a absorção de zinco e selênio,
promovendo maior imunidade), arginina (que melhora a resposta
imune de cicatrização), nucleotídeos
e ômega 3 e 6 (que diminui a desnutrição
e a anemia e diminui a atividade das citoquinas), são
também importantes.
Agendar sempre uma refeição grande no início
do dia, mais 5 a 6 pequenas refeições diárias
no decorrer do dia. Aumentar a ingestão de alimentos
ricos em vitamina B6, ácido pantotênico, ácido
fólico, vitamina A, E e C. Empregar maior quantidade
de alimentos ricos em betacaroteno. Beba suco de beterraba,
cenoura, repolho roxo.
Beba também sucos de uva, cereja e maçã
de preferência pela manhã. Não usar suplementação
de ferro, o excesso de ferro pode diminuir a destruição
do câncer por macrófagos (células que
ajudam a regenerar os tecidos), mas é imprescindível
corrigir as anemias, quando necessário, de preferência
com alimentos ricos em ferro (carne vermelha) combinados com
alimentos ricos em vitamina C na mesma refeição.
Tem sido sugerido o aumento de alimentos ricos em aminoácidos
de cadeia ramificada.
Todas as dietas anticâncer devem incluir grãos,
nozes, sementes, arroz integral, aveia, verduras crucíferas
como brócolis, couve flor, repolho e couve de bruxelas.
Comer alimentos ricos em germânio (alho, ginseng, cogumelo
shitake, cebola) Evite comer os seguintes alimentos: alimentos
ricos em calorias mas de pouco valor nutritivo, alimentos
processados e refinados, gorduras saturadas (proveniente de
animais, côco e dendê), sal, açúcar
ou farinha branca. Corte o álcool e chás (exceto
os de ervas). Restrinja os laticínios (leite e derivados).
Os alimentos ricos em cálcio são: sardinha
e atum com espinhas, amêndoas, castanha do pará,
ostras, tofu (queijo de soja) e gergelim. Evite o contato
com produtos químicos como sprays para cabelo, produtos
de limpeza, ceras, tinta fresca, pesticidas, etc.
É importante uma orientação nutricional
individualizada pois além dos problemas oriundos da
própria doença, em cada paciente particularmente,
se acompanha alergias alimentares, intolerâncias e preferências
individuais. Não é o bastante apenas acompanhar
o desenrolar do tratamento mas é preciso ainda monitorar
a resposta individual de cada paciente à orientação
nutricional.
"HOUSTON, WE HAVE A PROBLEM" - a epopéia
da Apolo XIII
A Apolo XIII foi lançada em 11 de abril de 1970 para
mais uma missão tripulada à lua. Estava prevista
sua descida na base da montanha Fra Mauro para o dia 13 seguinte.
Nesse dia, após passar pelo campo gravitacional da
lua, e minutos após uma transmissão para a TV,
os tanques de oxigênio da nave explodiram deixando a
tripulação com uma reserva de oxigênio
para apenas mais 3 horas na nave de comando. A tripulação
teve que se mudar para a nave lunar, onde havia reservas de
oxigênio para apenas 2 pessoas por dois dias. Enfrentando
uma série de outros problemas técnicos, apertados
na nave lunar, numa condição não prevista,
com a ajuda do pessoal de terra os tres astronautas utilizaram
tecnicas primitivas de navegação espacial para
determinar onde estavam e como voltar à terra. Apesar
do perigo enorme e constante, no dia 17 de Abril desceram
sãos e salvos no oceano Pacífico.
Mas o que tem isto a ver com Cancer de Prostata?
A epopéia da Apolo XIII é uma das mais bonitas
páginas da história humana. Mostra que tres
seres humanos, longe de casa, em uma situação
completamente adversa e não prevista, descobriram que
tinham um sério problema e com a ajuda do pessoal de
terra conseguiram resolvê-lo e voltar para suas casas
e suas famílias.
Milhares de pessoas descobrem anualmente que estão
com câncer. Milhares morrem. Apesar disto, pessoas com
câncer estão vivendo mais do que antes. Se o
cancer foi descoberto no início e ainda não
se disseminou para os nodulos linfáticos ou para outros
orgãos distantes, há uma excelente chance de
uma recuperação total.
Para pessoas cuja cancer já não pode mais ser
erradicado, tem havido grandes avanços na administração
dos sintomas e suas complicações, assim como
na melhoria da qualidade de vida
Se você recebeu uma diagnostico de câncer de
prostata ou já está em tratamento, você
provavelmente está experimentando uma serie de sentimentos:
descrença, medo, raiva, ansiedade, sensação
de vazio e depressão. Talvez você não
consiga se livrar deles mas pode achar maneiras positivas
para lidar com esses sentimentos, de forma que eles não
passem a dominar a sua vida.
As seguintes estratégias podem lhe ajudar a combater
algumas das dificuldades relacionadas com o cancer da prostata:
1. Esteja preparado. Diga para você mesmo : "I
have a problem" (eu tenho um problema), não entre
em pânico e procure, com ajuda de pessoal especializado,
a melhor solução para seu problema. Faça
perguntas ao seu médico e procure ler e se informar
sobre o cancer de prostata e seus possiveis efeitos colaterais.
Quanto menos surpresas melhor será sua adaptação.
Procure, primeiro saber com seu médico os detalhes
da diagnose (o tipo de cancer, seu tamanho e localização,
onde começou, se está localizado ou se já
se espalhou para orgãos adjacentes à prostata
ou outros locais mais distantes). Procure saber se se trata
de uma forma de cancer de crescimento lento ou agressivo.
Sem essas informações você não
conseguirá um entendimento acurado do problema
Em segundo lugar, procure reconhecer que você se encontra
em uma ocasião de crise pessoal e que sua habilidade
para reter informações importantes é
praticamente nenhuma. Estudos indicaram que pacientes nesta
situação retem menos de 5% das informações.
Portanto, quando for conversar com seu médico, leve
alguém com você, alguém que você
goste e confie
É valido buscar uma segunda opinião médica,
mas não perca seu tempo e dinheiro correndo atrás
de seis ou sete médicos diferentes, repetindo os mesmos
exames na simples esperança de ter um diagnostico mais
agradável. É importante que as pessoas com cancer
se concientizem de que o bem mais precioso de que dispõem
é o tempo, portanto, não atrase o início
do tratamento.
Escolha um médico que tenha a capacidade de ouvi-lo.
É importante que você tenha a oportunidade de
fazer perguntas ao seu médico e expressar suas preocupações.
Ele(ela) tem que ser alguém que possa explicar as nuances
do diagnóstico, as opções de tratamento
e os prognósticos em termos que você entenda.
E, por último, tem que haver empatia entre você
e seu médico. Faça uma parceria com seu médico.
As piores palavras que você pode dizer a ele são:
"você é o médico" e tornar-se
um participante passivo na solução de seu problema.
Procure se informar sobre a sua doença. Conforme mencionado
no capítulo sobre o cancer de prostata, o tipo de tratamento
depende de uma correta avaliação do problema.
Converse com seu médico sobre as opções
de tratamento, os efeitos colaterais e o prognóstico
de cada opção. A decisão tem que ser
conjunta. Os objetivos da terapia podem variar. Por exemplo,
uma pessoa mais jovem pode não querer uma terapia que
interfira radicalmente na sua atividade sexual. Já
para alguém de, digamos, 85 anos, esse efeito colateral
provavelmente não teria mais importância
Família e amigos são elementos cruciais para
a sobrevivência de quem tem câncer. Numerosos
estudos relacionaram sobrevivência com contatos sociais.
Às vezes, porém, a familia e os amigos atrapalham
quando, com a melhor das boas intenções, começam
a dar palpites sobre tratamentos dos quais ouviram falar ou
querem forçar tratamentos mais agressivos.
2. Mantenha na medida do possível suas rotinas. Não
deixe o cancer ou seus efeitos colaterais dominar o seu dia
a dia. Tente seguir a rotina e o estilo de vida que você
levava antes do diagnostico. Volte ao seu trabalho, faça
uma viagem, saia com seus filhos ou netos. Você precisa
manter atividades que lhe dêm um senso de objetivo,
realização e sentido. Mas, concientize-se de
que, para começar, você poderá ter algumas
limitações. Comece devagar e gradualmente a
construir seu nível de resistência.
Tente não se afundar em sentimentos de tristeza. Procure
diversão e planeje pelo menos uma experiência
agradável a cada dia. Pode ser um hobby, jogar golf
ou ir ao cinema. Faça desta busca algo prazeiroso e
algo que você espera que aconteça.
Faça bastante exercício. O exercício
ajuda a combater a depressão e é uma boa maneira
de aliviar a tensão e descarregar a agressividade.
3. Use sua criatividade para compensar as novas limitações.
Por exemplo, se você tiver problemas de incontinência,
no cinema sente-se perto da saida para o banheiro; no avião,
sente-se em uma cadeira do corredor. Use absorventes se você
tiver um compromisso em um lugar onde não haverá
banheiro por perto. Evite produtos com cafeina, pois ela tende
a aumentar sua necessidade de urinar.
4. Abra-se com um amigo ou pessoa da família. As vezes
ajuda conversar com alguem sobre seus sentimentos e temores
mais profundos. Você é mente e corpo. Quanto
melhor você se sentir emocionalmente mais você
estará em condições de conviver com seu
problema. Algumas pessoas se sentem confortáveis participando
de um grupo de ajuda, pois têm a oportunidade de conversar
com pessoas que entendem a sua situação e podem
lhe dar orientação.
5. Não evite contato sexual. Se você ficou impotente,
sua reação natural é evitar qualquer
contato sexual. Não se deixe levar por esse sentimento.
O toque, o abraço, o beijo e a troca de carinhos podem
se tornar muitissimo importantes para você e sua parceira.
Na verdade, a proximidade que você desenvolve nessas
ações pode proporcionar maiores intimidades
sexuais do que você já tinha experimentado. Há
varias maneiras de expressar a sua sexualidade.
6. O câncer não tem só aspectos negativos.
A confrontação com o cancer pode levar você
a crescer emcionaal e espiritualmente, a identificar o que
realmente é importante para você, a passar mais
tempo com pessoas que são realmente importantes para
você.
Prostatite
É a inflamação aguda ou crônica,
geralmente por bactérias. Existem outros tipos de prostatite
não vinculadas com bactérias, como as prostatites
não bacterianas (virais, fúngicas, granulomatosas).
Pode ocorrer em praticamente todas as idades
A prostatite ocorre devido a vários fatores: migração
de bactérias através da uretra em direção
à próstata, deficiências da atividade
antibacteriana da secreção prostática
(a falta de zinco na secreção é freqüentemente
apontada), falta de anticorpos locais e sistêmicos.
Cada paciente pode apresentar preponderância de um ou
de mais fatores.
A bactéria mais comum encontrada em prostatites infecciosas
é a Escherichia coli (80%) a qual também é
a mais encontrada em infecções do aparelho urinário.
Outros organismos são os bastonetes gram negativos
e enterococos (germes encontrados no trato intestinal).
Microorganismos causadores de doenças sexualmente
transmissíveis também são responsáveis
por prostatites, principalmente, prostatite aguda. É
o caso da Chlamydia trachomatis. Esse gonococo foi, no passado,
o grande agente etiológico; entretanto, com a eficácia
atual dos antibióticos contra esse germe, o problema
deixou de existir.
Uma outra causa da prostatite pode ser devido à hiperplasia
prostática benigna (HPB), que pode causar um refluxo
da urina depois da micção, fazendo com que esta
penetre na próstata. Um químico presente na
urina irrita os tecidos da próstata, causando uma inflamação.
De modo geral, o risco de uma prostatite aumenta em pessoas
que
1. Tiveram, recentemente, um instrumento médico inserido
no trato urinário;
2. Praticam sexo anal;
3. Possuem alguma anormalidade no trato urinário;
4. Tiveram recentemente, ou têm frequentemente, infecções
de bexiga;
5. Desenvolveram HPB.
Sintomas
Ardência ou dor para urinar, freqüência
urinária aumentada, dor na musculatura entre as pernas
(períneo) e às vezes secreção
uretral são os sintomas mais encontrados. Nas prostatites
agudas, o quadro clínico é mais grave, com presença
de mal estar geral, febre, mialgias e dor abdominal. Na prostatite
crônica, os sintomas são mais sutis com desconforto
no períneo, testículos e região lombar.
Aumento da freqüência miccional diurna e noturna
(polaciúria e noctúria), diminuição
da libido, ejaculação dolorosa são também
sintomas comuns.
Diagnose
Um exame físico completo é necessário
a fim de se descartar outras patologias que possam estar provocando
os mesmos sintomas. Um toque retal mostrará uma próstata
dolorosa, embora na prostatite crônica possa estar normal.
O médico não deverá massagear a próstata
a fim de não intensificar os sintomas. Exames de urina
mostrarão a presença de bactérias, de
leucócitos (pus) e de sangramento microscópico
(hematúria). A urocultura com antibiograma identificará
o germe, bem como orientará na escolha do antibiótico.
A prostatite aguda geralmente é mais fácil de
diagnosticar. O mesmo não acontece com a prostatite
crônica que, além de muitas vezes não
se achar o agente infeccioso, deve ser diferenciada de outras
síndromes que ocasionam sintomatologia similar.
História de prostatite aguda prévia, infecção
urinária no passado ou urocultura atual positiva reforçam
o diagnóstico de prostatite crônica. Culturas
fracionadas de urina (primeiro jato urinário, jato
médio, urina pós- massagem prostática)
são úteis no diagnóstico
Tratamento Convencional
O tratamento das prostatites bacterianas é com antibióticos
como o trimetoprim e ciprofloxacina. A urocultura com antibiograma
orienta na escolha do antibiótico. O importante é
que o antibiótico seja usado por um tempo suficiente
para debelar a infecção completamente. Isto
geralmente significa várias semanas de tratamento.
A série toda do amtibiótico deve ser tomada,
mesmo que os sintomas tenham desaparecido, para evitar que
a infecção volte novamente.
Beber muito líquido e repousar é muito importante
enquanto os sintomas estão fortes. Evitar a atividade
sexual. Posteriormente, passado o período mais doloroso,
o sexo frequente pode ajudar, pois cada ejaculação
é uma oportunidade para limpar uma infecção
remanescente. Raramente se desenvolve um abcesso. Este é
tratado drenando-se o pus através de uma operação
muito semelhante à RTUP.
A prostatite aguda, sendo uma situação mais
grave, exige um tratamento mais agressivo com antibióticos
intramuscular ou endovenosos, hidratação do
paciente, combate à dor e à febre; internação
hospitalar é muitas vezes necessária.
Existem situações nas quais nenhuma bactéria
é encontrada e os sintomas são semelhantes à
prostatite crônica. Esses pacientes talvez sofram de
dor pélvica crônica a qual é de difícil
tratamento. Banho de assento morno, atividade sexual regular,
evitar ciclismo, anti-inflamatórios, benzodiazepínicos,
antidepressivos, antibióticos (às cegas) e eletroestimulação
perineal já foram utilizados nessa síndrome,
mostrando a ineficiência de uma única terapia.
Trata-se de uma infecção que chega à
próstata, na maioria das vezes pela uretra, algum tempo
após uma uretrite purulente ou não, podendo
também vir pelo sangue de um outro foco infeccioso
que está à distância. Uma sinusite, por
exemplo. Os sintomas podem vir desde uma sensação
de queimação da uretra, até dor dos mais
variados graus na região entre o ânus e o escroto,
seguida ou não de febre e mal-estar.
Tratamento Alternativo/Complementar
Os principais fitoterápicos utilizados no tratamento
da prostatite são os seguintes
Saw palmetto (sabal serrulata) O Saw palmetto, mais conhecido
por seu uso na Hiperplasia Benigna da Prostata (HBP) também
tem sido usado para sintomas de prostatite (21) De acordo
com estudos em laboratório o saw palmetto contém
elementos que atuam na redução do inchaço
e da inflamação (22)
Uva ursi (Arctostaphylos uva-ursi) Combate as infecções
das vias urinárias, cálculos urinários
e inflamações crônicas renais, além
de inflamações na boca, garganta, intestinos
e órgãos genitais, inflamações
crônicas da próstata e uretra, diarréias
e disenterias, cistites e catarros vesicais.
Para que os princípios ativos da uva ursi atuem a
urina tem que apresentar pH alcalino. Por isto, durante o
tratamento com uva ursi, deve ser evitada a ingestão
de substâncias ácidas, tais como vitamina C,
frutas cítricas, abacaxi, tomate etc. Para tornar a
urina alcalina, durante o tratamento deve-se tomar diariamente
1½ colher de chá de bicarbonato de sódio
(pessoas com pressão alta não devem ingerir
bicarbonato de sódio)
O uso prolongado e contínuo da uva ursi pode acarretar
efeitos colaterais, tais como náusea, vômitos
e danos ao fígado. Por isto este fitoterápico
não deve ser usado por mais de 14 dias seguidos e não
mais de 5 vezes a cada ano.
A uva ursi não deve ser tomada concomitantemente com:
atropina, antihistamínicos, efedrina, codeina, diureticos
redutores de potássio e aminofilina.
Efeitos colaterais da cirurgia
da próstata
Após a cirurgia é inserido um cateter na uretra
para drenar a urina. As vezes esse cateter provoca espamos
dolorosos na bexiga no dia seguinte à cirurgia, espamos
esses difíceis de controlar, mas que desaparecerão
com o passar do tempo. O cateter deverá ser usado por
vários dias.
Após a cirurgia pode aparecer sangue na urina. Esse
sangramento é normal e deverá desaparecer com
o tempo. É importante beber pelo menos 8 copos de água
por dia para ajudar na limpeza (flushing) da bexiga e no processo
de cicatrização interna.
Nas primeiras semanas, procure não fazer esforço,
movimentos bruscos, levantar pesos, dirigir ou operar máquinas.
Pode não haver mais dor mas foi feita uma incisão
(mesmo no caso da RTUP) que se encontra em processo de cicatrização.
No caso de prisão de ventre (que vai provocar esforço
ao evacuar) pergunte ao seu médico sobre a possibilidade
de tomar um laxante
Na noite após a cirurgia, normalmente o jato urinário
se torna mais forte, mas levará ainda algum tempo até
que a função se normalize. Depois da remoção
do cateter a urina passará pela ferida cirurgica e
normalmente o ato de urinar poderá provocar algum desconforto
e sensação de urgência. Esse problema
irá diminuir gradativamente e após um periodo
de aproximadamemnte dois meses já se irá urinar
com menos frequência e mais facilmente.
À medida que a bexiga vai retornando à normalidade
poderá ocorrer algum problema temporário no
controle da micção porém, a longo prazo,
o problema da incontinência urinária tende a
desaparecer. Estatísticas médicas demonstraram
que quanto mais tempo o problema já existia antes da
cirurgia, mais ele levara para desaparecer.
Caso a incontinência persista poderá ser necessário
algum tipo de tratamento como, por exemplo: mudança
de hábito (ir ao banheiro em tempos pre-estabelecidos
ao invés de quando sentir necessidade de urinar) e
exercícios para fortalecer os músculos da pelve.
Se o problema persistir por mais de um ano poderá ser
necessário um procedimento cirurgico para correção
como, por exemplo, a implantação de um esfincter
artificial em volta da uretra ou da base da bexiga para controlar
o fluxo urinário.
Aproximamente 30% dos homens que se submeteram a cirurgia
da prostata podem apresentar problemas de ereção.
Com o tempo, porém, a maioria pode retornar á
normalidade. Entretanto, a cirurgia não restaura a
potência se ela já não existia antes.
Embora muitos consigam, com o tempo, reestabelecer a ereção,
a prostatectomia frequentemente causa esterilidade. A cirurgia
causa um problema chamado de "ejaculação
retrógada" onde o semen, ao invés de seguir
seu fluxo normal, vai para a bexiga de onde será posteriormente
eliminado junto com a urina.
Para aqueles que fizeram cirurgia por causa da HBP é
importante continuar fazendo exames preventivos (toque retal
e PSA) anualmente. Como a prostata não é completamente
retirada, pode haver reincidência da hiperplasia. Embora
a HBP não leve diretamente ao câncer, esse pode
se desenvolver na cápsula da prostata que não
foi retirada na cirurgia.
Para aqueles que fizeram cirurgia para extirpação
do câncer o acompanhamento é, obviamente, fundamental.
PREVENÇÃO
Embora não exista uma fórmula que possa garantir
que você não irá desenvolver HBP ou câncer
de próstata, você pode tomar algumas medidas
que irão reduzir o risco ou possivelmente atenuar o
desenvolvimento da doença. Os tres passos mais importantes
são:
· fazer exame preventivo regularmente
· manter-se fisicamente ativo
· manter-se saudável.
Exames Preventivos
O urologista é o médico indicado para diagnosticar
as doenças da prostata.
Só existe um modo seguro de se curar o câncer
da próstata: descobrindo-o precocemente, ou seja, submetendo-se
ao exame preventivo. O exame preventivo deve ser realizado
por urologista, anualmente, a partir dos 40 nos; dessa forma,
consegue-se detectar tanto a HBP quanto o câncer em
fase inicial e ainda curável. Mesmo os pacientes operados
da próstata por HBP, devem submeter-se ao preventivo,
pois, as cirurgias para o tratamento das doenças benignas
da próstata não a retiram por completo, deixando
intacta sua cápsula, a partir de onde o câncer
pode desenvolver-se. Não se deve esperar pelo aparecimento
dos sintomas para recorrer ao exame preventivo; seguramente,
quando os sintomas começarem a se manifestar, a doença
já existirá há algum tempo.
O exame preventivo é extremamente simples e consiste
em:
Consulta com o urologista na qual ele fará perguntas
gerais e específicas sobre o sistema urinário
e genital.
Exame de sangue solicitado pelo urologista para medir a taxa
do PSA, extremamente útil para monitorar o aparecimento
do câncer, visto que sua concentração
no sangue quase sempre mantém-se em níveis normais
na HBP e aumenta consideravelmente nos casos de câncer
da próstata.
PSA (do inglês Prostate Specific Antigen, antígeno
específico da próstata) é um ingrediente
do sêmen produzido pela próstata que aparece
em taxas normais no sangue. O teste do antígeno prostático
(PSA) é um exame de sangue, feito em laboratório,
que mede essa quantidade. Se o resultado mostrar que está
acima do normal, isso significa que está havendo alterações
na glândula e o médico poderá recomendar
outros exames para determinar a melhor forma de tratamento.
As taxas normais são:
- até 2,5 ng/ml para homens entre 40-49 anos
- até 3,5 ng/ml para homens entre 50-59 anos
- até 4,5 ng/ml para homens entre 60 e 69 anos
- até 6,5 ng/ml para homens entre 70 e 99 anos
ng/ml - nanogramas por milimetro
Toque retal
O toque retal é realizado pela introdução
do dedo indicador do médico, lubrificado e enluvado,
no ânus do paciente; dura de 5 a 30 segundos, é
relativamente indolor e presta ao médico informações
como:
1 - estado do esfíncter anal (músculo que segura
as fezes).
2 - estado das fezes dentro do reto.
3 - presença ou não de tumores no reto, alcançáveis
pelo dedo do médico.
4 - presença ou não de dor na próstata,
vesículas seminais e reto, que pode indicar presença
de inflamações.
5 - avaliação do tamanho da próstata.
6 - avaliação da mobilidade da próstata.
7 - avaliação da presença de nódulos
suspeitos de câncer da próstata.
8 - avaliação da consistência da próstata;
se mole, dura ou elástica.
9 - avaliação das bordas, limites e simetria
da próstata.
O toque retal continua sendo o grande fantasma dos homens.
Esse preconceito, injustificado, poderá levar a muito
sofrimento e até mesmo à morte por falta de
um diagnóstico tempestivo adequado Ao contrário
do que se pensa, o toque retal não é um exame
"antigo" ou "superado"; não compromete
a masculinidade nem é indigno. Nenhum outro exame dá
as informações do toque retal.. Ao contrário
do que muitos pensam, não pode nem deve ser substituído
por ultra-sonografia, pelo próprio PSA ou por qualquer
outro exame..
Concluído o exame preventivo, se nada de anormal for
encontrado, o paciente é orientado a retornar após
um ano. Caso haja alguma suspeita de câncer da próstata,
HBP importante ou prostatite, o urologista tomará providências
para esclarecer o caso, aprofundando a investigação
através da realização de outros exames.
Manter-se fisicamente ativo
É de conhecimento geral que exercícios regulares
são benéficos na prevenção de
ataques cardíacos, pressão alta, colesterol
alto etc. Estudos indicam que o exercício regular pode
reduzir o risco de câncer. O exercício fortalece
o sistema imunológico, melhora a circulação
e acelera a digestão, fatores esses que são
importantes na prevenção do cancer. O exercício
também ajuda a prevenir a obesidade, outro fator de
risco para alguns tipos de cancer.
O exercício regular pode também reduzir o risco
da HBP ou minimizar seus sintomas. Um estudo preliminar demonstrou
que a atividade física está associada a uma
redução da ocorrência de HBP, dos sintomas
e da necessidade de cirurgia. Homens que caminham regularmente
de duas a tres horas por semana apresentaram uma redução
de 25% de risco de HBP (23)
Evite, porem, exercitar-se em excesso.
Manter-se Saudável - Recomendações
gerais para reforçar o sistema imunológico
Alimentos são a melhor fonte de vitaminas e minerais.
Além do mais, o organismo absorve melhor vitaminas
e minerais de alimentos do que de uma fonte sintética
Além de suprir esses importantes nutrientes, os alimentos
contêm centenas de compostos adicionais chamados de
fitoquimicos. Os fitoquímicos são encontrados
normalmente em plantas e podem proporcionar importantes benefícios
para a saude, tais como proteção para uma série
de doenças, inclusive cancer e problemas do coração.
· evite drogas, cafeina, alcool e cigarro (enfraquecem
o sistema imunológico)
· reduza o consumo de doces e elimine o uso de açucar
refinado. O açucar reduz a atividade linfática
e a capacidade do organismo de dominar e destruir bacterias
· beba muita água (pelo menos 8 copos por dia).
Líquidos mantem o fluido linfático fino e circulando
com mais facilidade
· coma vegetais frescos (verdes e amarelos), frutas
cruas frescas, grãos integras, nozes e castanhas e
oleos de sementes. Esses alimentos são ricos em enzimas
essenciais , vitamina A, vitamina B6, vitamina C, vitamina
E, selenio, acidos graxos essenciais e zinco. Esses nutrientes
mantem a glandula timo, o sistema linfático e as células
sanguineas funcionando de forma efetiva.
· vegetais folhosos verdes devem fazer parte importante
de sua dieta diária. São ricos em clorofila,
importante fator no processo de cura
No caso da próstata os seguintes suplementos têm
uma função importante:
Vitamina A
É uma vitamína crítica quando se quer
intensificar a imunidade. Tem um papel importante na manutenção
da integridade das superfícies epiteliais do corpo,
tais como a pele, o revestimento dos tratos respiratório
e digestivo. Essas superfícies são as primeiras
a serem expostas a agentes invasores externos.
A vitamina A estimula numeros processos de imunidade, inclusive
a produção de anticorpos. Promove a produção
de agentes anti-infecciosos nas lágrimas, na saliva
e no suor e reforça diretamente o sistema imunológico
ao estimular a glandula timo.
Fontes naturais |
Unidade |
Vitamina
A em UI |
Figado
bovino cozido |
100 gramas |
30.325 |
Cenoura
crua |
1 (grande) |
20.250 |
Cenoura
picada cozida |
1/2 xícara |
19.150 |
Figado
de frango cozido |
100 gramas |
13.290 |
Espinafre
cozido |
1/2 xícara |
7.395 |
Manga
crua picada |
1/2 xícara |
6.425 |
A dose diária normal recomendada é de 10.000
UI e de 50.000 UI no caso de infecção
Vitamina C
Reforça o sistema imunologico. É um nutriente
crítico quando se contrai uma infecção.
A vitamina C é importante para o funcionamento adequado
das células brancas do sangue. É eficaz contra
doenças infecciosas e um importante suplemento no caso
de câncer.
Fontes naturais |
Unidade |
Vitamina
C mg |
Acerola
suco |
1 copo (250 ml) |
3.872 |
Goiaba |
100 gramas |
183 |
Suco
de laranja fresco |
1 copo (250ml) |
124 |
Mamão
papaia |
100 gramas |
62 |
Morango |
100 gramas |
57 |
Limão
suco fresco |
100 ml |
46 |
A dose diária normal recomendada é de 125 mg
e de no caso de infecção até 2000 mg
Vitamina E
Antioxidantes, como a vitamina E, ajudam a proteger o organismo
contra os efeitos maléficos dos radicais livres, os
quais contribuem para o desenvolvimento de doenças
crônicas, como é o caso do câncer. A vitamina
E também pode bloquear a formação de
nitrosaminas, que são carcinogenos formados no estômago
a partir de nitritos ingeridos na alimentção
diária. Também pode proteger contra o câncer
ao fortalecer o sistema imunológico.
Fontes naturais |
Unidade |
Vitamina
E em UI |
Oleo de germen de trigo |
1 colher de sopa |
26,2 |
Amendoas torradas |
30 gramas |
7,5 |
Oleo de milho |
1 colher de sopa |
2,9 |
Oleo de soja |
1 colher de sopa |
2,5 |
Manga |
1 fruta |
2,3 |
Amendoim torrado |
30 gramas |
2,1 |
Espinafre cozido |
1/2 xicara |
0,85 |
A dose diária normal recomendada é de 30 UI
e de 200 UI no caso de infecção.
Selênio
Esse mineral é necessário para o bom funcionamento
do nosso sistema imunológico e para a produção
de prostaglandinas. Niveis baixos de selenio no organismo
tem sido relacioados com certos tipos de câmcer. Selênio
e Vitamina E são provavelmente os dois suplementos
mais utilizados para a prevenção e tratamento
do câncer da próstata. Alguns estudos indicam
que a mortalidade de portadores de câncer do pulmão,
do colon e da prostata é menor em pessoas com uma alta
ingestão de selênio.
Fontes naturais |
Unidade |
Selênio em
mcg |
Germen de trigo |
100 gramas |
110 |
Castanha do Pará |
100 gramas |
105 |
Atum (enlatado, drenado) |
100 gramas |
78 |
Pão de trigo integral |
100 gramas |
65 |
Aveia |
100 gramas |
55 |
Figado bovino |
100 gramas |
48 |
Arroz branco |
100 gramas |
40 |
A dose diária normal recomendada é de 70 mcg
e de 400 mcg no caso de infecção.
Zinco
O zinco é um mineral essencial que é encontrado
em quase todas as celulas do nosso corpo. Estimula a atividade
de aproximadamente 100 enzimas. Enzimas são substâncias
que promovem reações bioquímica no nosso
organismo. O zinco é uma das bases de um sistema imunológico
saudável e é necessário para a cicatrização
de feridas, para a manutenção dos sentidos de
paladar e olfato e para a síntese de DNA.
O zinco é necessário para o desenvolvimento
e ativação dos linfócitos-T, uma espécie
de célula branca do sangue que auxilia no combate às
infecções. Quando o zinco é administrado
a pessoas com baixos níveis de zinco, a quantidade
de linfócitos-T circulando no sangue aumenta e melhora
a capacidade dos linfócitos de combater a infecção.
As secreções prostáticas contêm
uma alta concentração de zinco, o que parece
indicar que o zinco é importante para o bom funcionamento
da prostata. A ingestão de zinco tem sido recomendada
como auxiliar no tratamento da HBP e do câncer da próstata.
Fontes naturais |
Unidade |
ZInco em
mg |
Filé
bovino cozido (magro) |
100 gramas |
4,8 |
Lombo
suino cozido(magro) |
100 gramas |
2,5 |
Semente
de abobora |
100 gramas |
2.1 |
Castanha
de caju torrada |
30 gramas |
1,6 |
Nozes |
30 gramas |
1 |
Leite |
100 ml |
0,9 |
A dose diária normal recomendada é de 15 mg
e de 40 mg no caso de infecção
Beta sitosterol
É um (fito)esteroide que possui propriedades antiinflamatórias
e redutoras do colesterol, demonstrou também ser útil
para homens com HBP. Em um estudo duplo cego feito com 200
homens com HBP, um grupo tomou por seis meses 20 mg de beta
sitosterol e outro grupo apenas placebo. O grupo que tomou
o beta sitosterol apresentou uma significativa melhora nos
sintomas, ao passo que o outro grupo não apresentou
melhora alguma. (21) Um outro experimento duplo cego mostrou
resultados semelhantes com a ingestão de 130 mg/dia
de beta sitosterol (25)
O beta sitosterol é encontrado em: farelo de arroz,
germen de trigo, oleo de milho, feijão soja, amendoim
Ácidos graxos essenciais (Omega3 e Omega6)
O Omega3 e o Omega 6 são considerados ácidos
graxos essenciais, ou seja, são necessários
para a saude humana porém não são produzidos
pelo nosso organismo. Por esse motivo, têm que ser obtidos
via alimentação. Esses acidos em conjunto são
necessários para a função cerebral, para
o crescimento, para a saude dos ossos, para regular o metabolismo
e a manutenção da capacidade reprodutiva. Sua
deficiência pode reduzir o crescimento, provocar dermatite,
infertilidade e reduzir a capacidade de nosso organismo de
combater infecções e curar feridas.
Os pesquisadores têm se mostrado impressionados com
a eficácia dos ácidos graxos essenciais no tratamento
da HBP. Por outro lado, pesquisas em laboratório e
estudos com animais indicam que esses acidos podem inibir
o crescimento do cancer de prostata. Da mesma forma, estudos
feitos com grupos de homens seugerem que uma dieta com baixo
teor de gordura mais a adição de omega3 através
do consumo de peixes ou oleo de peixe ajuda a prevenir o desenvolvimeno
de cancer da prostata.
Para a manutenção da saude e combate às
infecções o ideal é que o consumo de
omega6 seja de duas a quatro vezes o consumo de omega3.
Fontes naturais:
Omega3: Peixes de aguas frias (salmão, cavala, sardinha,
atum, arenque)
Omega6: semente e oleo de semente de linhaça, oleo
de canola, soja e oleo de soja, oleo de girassol, semente
e oleo de semente de abobora.
Licopeno
O licopeno, um bioflavonoide parecedido com o beta caroteno,
protege as células do nosso corpo contra oxidantes
relacionados com o cancer. Testes em laboratório demonstraram
que o licopeno é duas vezes mais poderoso que o beta
caroteno na neutralização dos radicais livres.
A melhor fonte de licopeno é o tomate (outras são,
por exemplo, goiaba vermelha, mamão, grapefruit e melancia)
O consumo regular de tomate pode reduzir o risco de câncer
na prostata e outros tipos desta doença. Pesquisa publicada
pelo Brighham and Woman's Hospital e pela Harvard School of
Public Health demonstraram que o consumo de tomate e de produtos
à base de tomate pode ajudar na redução
do risco do câncer na prostata.
Os pesquisadores examinaram cuidadosamente por mais de 12
anos a dieta completa de 51.529 participantes com idades entre
40 e 75 anos. Homens que consumiam mais de 2 porções
de molho de tomate por semana tiveram uma redução
de 23% no risco de desenvolvimento de câncer de prostata
e de 36% de desenvolvimento de metastese do que homens que
consumiam menos que uma porção de molho de tomate
por mês. Os resultados desta pesquisa foram publicados
na edição de 6 de março de 2002 do jornal
do Insitituto Nacional de Cancer dos Estados Unidos
Os benefícios do tomate na redução do
risco de cancer na prostata e outros tipos de câncer
já haviam sido relatados anteriormente. Por exemplo,
tanto o Health Professional Follow-up Study quanto o Physician's
Health Study da Universidade de Harvard já haviam demonstrado
que o consumo de tomate pode reduzir de forma significativa
o risco do desenvolvimeno de cancer na prostata. De acordo
com esses estudos, homens que consomem tomate 10 vezes por
semana tiveram o risco reduzido em 50% Todas as formas de
ingestão de tomate (cru, no ketchp, no molho de tomate,
em sopas etc.) se mostraram eficientes. Porém, tomate
cozido em azeite mostrou ser a forma que proporciona melhor
proteção (vide receita no Anexo IV).
O tomate deve também ser usado por aqueles que já
desenvolveram a doença. O aumento do consumo de tomate
foi associado com formas menos agressivas de câncer
de prostata em homens já diagnosticados com a doença.
Os cientistas ainda não descobriram como o tomate
previne e combate o cancer. Acredita-se que o licopeno, um
bioflavonoide parecido com o beta caroteno, presente no tomate
é um agente natural no combate ao cancer. O licopeno
é que dá ao tomate a sua colaração
vermelha. e é encontrado tambérm na melancia
e na goiaba vermelha. O tomate é rico também
em outros nutrientes, tais como potássio, Vitamina
A, vitamina C, calcio e ferro. É posível que
interações complexas entre esses componentes
contribuam para as propriedades anti-cancerígenas do
tomate.
Soja
Inumeros relatorios indicam que, por ser rica em isoflavonas,
a soja pode prevenir doenças e promover a saude. Isoflavonas
é uma classe de fitoquimicos encontrados apenas em
plantas (fitos). São também uma espécie
de fitoestrogenio, um fito-hormônio que se parece com
o estrogenio humano na sua estrutura quimica, porém
menos potente. Por imitar o estrogenio humano em certas partes
do corpo, a isoflavona proporciona muitos benefícios
à saude.
As isoflavonas demonstraram um grande potencial no combate
a doenças em diversas frentes. Ajudam a prevenir placas
nas artérias, reduzindo os riscos de AVC's e doenças
coronarianas. Previnem o câncer de prostata ao evitar
o crescimento das células. Atacam a osteoporose ao
estimular a formação e inibir a reabsorção
ósseas, aliviam alguns sintomas da menopausa. Tem propriedades
anti-oxidantes, as quais protegem o sistema cardiovascular
da oxidação do LDL (mau colesterol).
Um estudo da Universidade da California demonstrou que componentes
da isoflavona reduziram a velocidade do crescimento do cancer
de prostata e provocaram a morte de celulas cancerosas, atuando
de uma maneira parecida com drogas anti-cancer.
A melhor maneira de ingerir isoflavona é através
do consumo de alimentos de soja (leite de soja, proteina texturizada
de soja, queijo de soja - tofu etc.)
O Anexo V apresenta algumas receitas para produção
caseira de leite de soja e outras. No caso do leite a recomendação
é tomar de 240 a 500 ml por dia.
Propolis
O propolis é um protetor poderoso. Contem flavonoides,
aminoácidos, vitaminas B e, o mais importante, substancias
antibióticas. Muitas vezes chamado de "penicilina
da natureza", o propolis tem efetivas propriedades antibacterianas,
antissépticas, fungicidas e antibióticas. Essas
propriedades preventivas e curativas têm sido conclusivamente
demonstradas em numerosos estudos por todo o mundo. Estudos
realizados na antiga União Soviética, Romenia,
Iuguslávia e Bulgária, comprovoram a ação
do propolis em casos de tuberculose, ulcera, mitose (cancer),
colite e inflamações da boca e garganta.
Os pesquisadores médicos N. Popovici e N. OIta da
Romenia publicaram um relatorio sobre os efeitos do propolis
na mitose (processo de divisão de céluas). Eles
relataram que um tecido não se torna completamente
maligno; sempre contém algumas células normais,
mas a atividade das celulas normais é afetada e até
mesmo reprimida pelas celulas malignas. O propolis favorece
a atividade das celulas normais reprimindo as celulas malignas,
o que auxilia o tecido a reestabelecer sua condição
normal. Componentes do propolis tem o efeito de enfraquecer
a proliferação de celulas cancerosas.
Uma pesquisa realizada no Japão demonstraram que a
"Artepillin C", extraida de propolis brasileiro,
possui atividade antibacteriana. Além de suprimir o
crescimento do tumor, houve um aumento na relação
entre as células T CD4/CD8 e no número total
de celulas T. Esses resultados comprovam que a "Artepillin
C" ativa o sistema imunológico e possui atividade
direta antitumoral. (26)
Outro estudo realizado no Japão demonstrou também
o efeito protetor do propolis brasileiro e de seu extrato
Artepillin C contra carcinogenese (27)
Talvez o mais pesquisado e amplamente aceito atributo do
propolis é sua atividade imunológica. O propolis
é um antibiotico natural de amplo espectro que ativa
a glândula timo. O propolis não apenas previne
doenças infecciosas, como também as cura. Como
já foi demonstrado em numerosos experimentos, o propolis
tem a capacidade de destruir diretamente bacterias, virus
e fungos.
O propolis tem uma atuação espetacular contra
virus. Tal fato é atribuido aos bioflavonoides presentes
no propolis, que proporcionam uma proteção eficaz
contra infecções virais. Os virus são
envolvidos por uma cápsula de proteina. Enquanto esta
capsula permanece fechada, o material infeccioso permanece
preso e não causa danos ao organismo hospedeiro. Infelizmente,
dentro do hospedeiro, há enzimas que removem esta capsula
de proteina, liberando o material nocivo dentro do sistema.
Com a presença do propolis no sistema, entretanto,
isto não ocorre. Os bioflavonoides não deixam
que a enzima remova a capsula protetora de proteina, mantendo
o material viral apriosionado. Esses mesmos flavonoides mantêm
a capsula protedora em volta do virus, fazendo com que ele
fique inativo.Com a presença dos bioflavonoides, o
hospedeiro virtualmente se torna imune ao virus. Uma outra
forma pela qual o propolis auxilia o sistema imunológico
é sua habilidade em aumentar a atividade dos fagócitos.
Fagócitos são células que são
capazes de envolver, engolir e digerir microorganismos e fragmentos
de células. Esse incremento da atividade dos fagócitos
com a introdução do propolis foi observado e
documentado por diversos cientistas da União Soviética
e da Europa.
A dose diária sugerida é de 30 gotas de extrato
de propolis a 30%.
Polen
Este produto, que é coletado das flores na natureza,
possui altíssimos teores de vitaminas (B1, B2, B6,
B12, A, P, E, K), aminoácidos, globulinas, enzimas,
carbohidratos e minerais. O Pólen possui em média
20 vezes mais caroteno (próvitamina A) que a principal
fonte natural, a cenoura. É ainda excepcionalmente
rico em rutina (vitamina P). Pesquisas realizadas na Suécia
indicam os efeitos benéficos do Pólen na próstata.
Possui efeito profilático no tratamento de adenomas
e inflamações da próstata. O Pólen
é um estimulador biológico. Pesquisas demonstram
que as propriedades rejuvenescedoras atribuídas ao
Mel, na realidade são devidas a presença de
Pólen no mesmo.
Em adenoma da próstata no periodo pré operatório
o pólen produz resultados interessantes com efeitos
descongestionantes e antiflogísticos, sem efeitos colaterais
desagradáveis sendo, inclusive, conciliável
com outras terapias. Esses resultados foram comprovados por
trabalhos em hospitais e observações clinicas
em muitos pacientes durante vários anos. (28). O extrato
de polen demonstrou propriedades antiinflamatória (29)
relaxante dos musculos que envolvem a uretra (30) e inibidora
do crescimento de celulas da prostata (31)
Estudos preliminares demonstraram a eficácia do extrato
de polen na redução dos sintomas da HBP (32)
(33) (34) Identicos resultados foram obtidos em estudos duplo
cego (35) (36) (37)
A dose diária recomendada é de 15 gramas (polen
desidratado) ou 30 gotas de extrato de polen.
Alho
O alho é um antibiotico natural que estimula o sistema
imunológico e potencializa a ação das
celulas brancas do sangue e das células T. Bloqueia
a produção de toxinas por germes. O consumo
de alho é importante para se adquirir uma boa imunidade
e proteger contra infecções. Mais de 1800 estudos
científicos detalham a complexidade química
do alho e sua importância na prevenção
e tratamento de doenças.
Foram encontrados mais de 200 componentes no alho, inclusive
mais de 70 componentes sulfuricos, vitaminas A, B1, C e os
minerais calcio, cobre, ferro, magnésio, potassio,
selenio e zinco: e ainda flavonoides, 8 amino acidos essenciais
e 9 não essenciais. O alho contém acido alfa-aminoacrílico,
ácido fosfórico livre, ajoeno, alicina, aliina,
alil, alil-propil, aliinase, citral, desoxialiina, dissulfeto
de dialila, dissulfeto de dietila, felandreno, geraniol, heterosídeos
sulfurados, insulina, linalol, óxido dialildissulfeto,
polissulfeto de dialila, prostaglandinas A, B e F, sulfetos
de vinil e trissulfeto de alila. Muitos desses micronutrientes
contribuem para o sistema imunológico (embora as quantidades
em um simples dente de alho sejam pequenas)
A alicina é responsável por parte do efeito
antibacteriano e antiinflamatório. Essa substância
além de reduzir o colesterol e os triglicerideos, evita
a formação de placas de ateroma (alterações
degenerativas da camada íntima de artérias)
que com o tempo entopem as artérias causando assim
doenças cardiovasculares, como a aterosclerose. Um
recente estudo realizado na Alemanha, que durou quatro anos,
chegou a conclusão de que 1g de Alho consumido por
dia reduz em 80% o volume da placa de aterosclerose nas artérias.
Alguns estudos demonstram, ainda, que o alho reduz os níveis
de hipertensão, doenças vasculares e aumenta
o tempo de coagulação do sangue
Um dos aspectos mais estudados é a sua atividade antibacteriana
e antifungica; o alho possui também propriedades bacteriostáticas
e bactericidas, podendo agir preventivamente em doenças
infecciosas. Estudos feitos com humanos demonstraram que o
consumo regular de alho reduz os riscos de cancer. Isto é
devido em parte pela habilidade do alho em reduzir a formação
de componentes carcinogênicos. Estudos em animais e
in vitro também demonstraram que o alho, e seus componentes
sulfurosos, inibem o crescimento de diferentes tipos de cancer
(38)
Dose diária recomendada: 2 dentes médios de
alho cru (picar e espalhar sobre a comida - almoço
e/ou jantar). Para quem não aprecia o sabor do alho
existe no mercado capsulas de alho revestidas
Cha verde (Camellia sinensis)
O chá verde contem oleos volateis, vitaminas, minerais
e cafeina, porém os componentes ativos são polifenois,
os quais, se acredita, sejam responsáveis pelas propriedades
do chá verde na promoção da saude.
Pesquisas demonstraram que o chá verde protege contra
doenças cardiovasculares de diversas formas: reduz
os níveis do colesterol total, melhora a relação
LDL/HDL, reduz a agregação plaquetária
e a pressão sanguinea (39) (40) (41) (42).
Os polifenois do chá verde demonstraram também
a capacidade de reduzir diversos tipos de cancer e de estimular
a produção de celulas do sistema imunológico.
(43) (44) (45)
O chá verde é utilizado pela tradicional medicina
chinesa para dores de cabeça, dores corporais, facilitar
a digestão, estimulante do sistema imunológico,
desintoxicação e energizante. Muitos desses
benefícios foram confirmados por pesquisas recentes.
A maioria dos estudos tiveram como objetivo sua capacidade
de proteção contra o cancer. Acredita-se que
os polefenois bloqueiam a formação de componentes
causadores de cancer, como as nitrosaminas, suprimem a ativação
de carcinogenos e desintoxicam ou aprisionam agentes cancerigenos.
Dose diária recomendada: tres xicaras de chá.
Preparo: 250 ml de agua fervente para uma colher de sopa
de chá. Abafar por 3 minutos.
Referências e fontes
de consulta
Principais fontes de consulta
· National Kidney and Urologic Diseases Information
Clearinghouse (NKUDIC) / National Institute of Health / U.S.
Department of Health and Human Services
· Mayo Foundation for Medical Education and Research,
Mayo Clinic, USA
· Prostate Cancer Education Council, USA
· Kroger Pharmacy and Health
· Novartis Foundation for Gerontology
· Holistic on line
Referências
1. Koch E, Biber A. Pharmacological effects of sabal and
urtica extracts as a basis for a rational medication of benign
prostatic hyperplasia. Urologe 1994;334:90-5
2. Schneider HJ, Honold E, Mashur T. Treatment of benign
prostatic hyperplasia. Results of a surveillance study in
the practices of urological specialists using a combined plant-base
preparation. Fortschr Med 1995;113:37-40.
3. Bach D, Ebeling L. Long-term drug treatment of benign
prostatic hyperplasia-results of a prospective 3-year multicenter
study using Sabal extract IDS 89. Phytomedicine 1996;3:105-11.
4. Carraro JC, Raynaud JP, Koch G, et al. Comparison of phytotherapy
(Permixon®) with finasteride in the treatment of benign
prostate hyperplasia: a randomized international study of
1,098 patients. Prostate 1996;29:231-40.
5. Braeckman J, Bruhwyler J, Vandekerckhove K, Géczy
J. Efficacy and safety of the extract of Serenoa repens in
the treatment of benign prostatic hyperplasia: therapeutic
equivalence between twice and once daily dosage forms. Phytotherapy
Res 1997;11:558-63.
6. Wilt TJ, Ishani A, Stark G, et al. Saw palmetto extracts
for treatment of benign prostatic hyperplasia. A systematic
review. JAMA 1998;280:1604-9.
7 Metzker H, Kieser M, Hölscher U. Efficacy of a combined
Sabal-Urtica preparation in the treatment of benign prostatic
hyperplasia (BPH). Urologe [B] 1996;36:292-300
8 Andro MC, Riffaud JP. Pygeum africanum extract for the
treatment of patients with benign prostatic hyperplasia: a
review of 25 years of published experience. Curr Ther Res
1995;56:796-817.
9 Murray MT. The Healing Power of Herbs. Rocklin, CA: Prima
Publishing, 1995, 286-93.
10 Barlet A, Albrecht J, Aubert A, et al. Efficacy of Pygeum
africanum extract in the treatment of micturational disorders
due to benign prostatic hyperplasia. Evaluation of objective
and subjective parameters. A multicenter, randomized, double-blind
trial. Wein Klin Wochenschr 1990;102:667-73.
11 Krzeski T, Kazón M, Borkowski A, et al. Combined
extracts of Urtica dioica and Pygeum africanum in the treatment
of benign prostatic hyperplasia:Double-blind comparison of
two doses. Clin Ther1993;15:1011-20.
12 Chatelain C, Autet W, Brackman F. Comparison of once and
twice daily dosage forms of Pygeum africanum extract in patients
with benign prostatic hyperplasia: a randomized, double-blind
study, with long-term open label extension. Urology 1999;54:473-8.
13 Horii A, Iwai S, Maekawa M, Tsujita M. Clinical evaluation
of Cernilton in the treatment of the benign prostatic hypertrophy.
Hinyokika Kiyo 1985;31:739-45
14 Ueda K, Jinno H, Tsujimura S. Clinical evaluation of Cernilton®
on benign prostatic hyperplasia. Hinyokika Kiyo 1985;31:187-91
15 Hayashi J, Mitsui H, Yamakawa G, et al. Clinical evaluation
of Cernilton in benign prostatic hypertrophy. Hinyokika Kiyo
1986;32:135-41
16 Buck AC, Cox R, Rees RW, et al. Treatment of outflow tract
obstruction due to benign prostatic hyperplasia with the pollen
extract, cernilton. A double-blind, placebo-controlled study.
Br J Urol 1990;66:398-404.
17 Becker H, Ebeling L. Conservative therapy of benign prostatic
hyperplasia (BPH) with Cernilton. Urologe (B) 1988;28:301-6
18 Maekawa M, Kishimoto T, Yasumoto R, et al. Clinical evaluation
of Cernilton on benign prostatic hypertrophy-a multiple center
double-blind study with Paraprost. Hinyokika Kiyo 1990;36:495-516
19 (Keplinger H. Oxyindole alkaloids having properties stimulating
the immunologic system and preparation containing same. US
Patent no. 5,302,611, April 12, 1994
20 Aquino R, De Feo V, De Simone F, et al. Plant metabolites,
new compounds and anti-inflammatory activity of Uncaria tomentosa.
J Nat Prod 1991;54:453-9. / Rizzi R, Re F, Bianchi A, et al.
Mutagenic and antimutagenic activities of Uncaria tomentosa
and its extracts. J Ethnopharmacol 1993;38:63-77
21 Felter HW, Lloyd JU. Kings American Dispensatory, Vol
II. Portland, OR: Eclectic Medical Publications, 1983, 1751-2
22 Breu W, Hagenlocher M, Redl K, et al. [Anti-inflammatory
activity of sabal fruit extracts prepared with supercritical
carbon dioxide. In vitro antagonists of cyclooxygenase and
5-lipoxygenase metabolism]. Arzneimittelforschung 1992;42:547-51)
23 Platz EA, Kawachi I, Rimm EB et al. Physical activity
and benign prostatic hyperplasia. Arch Intern Med 1998;158:2349-56
24 Berges RR, Windeler J, Trampisch HJ, et al. Randomized,
placebo-controlled, double-blind clinical trial of beta-sitosterol
in patients with benign prostatic hyperplasia. Lancet 1995;345:1529-32.
25 Klippel KF, Hiltl DM, Schipp B. A multicentric, placebo-controlled,
double-blind clinical trial of ß-sitosterol (phytosterol)
for the treatment of benign prostatic hyperplasia. Br J Urol
1997;80:427-32.
26 Renal carcinogenesis induced by ferric nitrilotriacetate
in mice, and protection from it by Brazilian propolis and
artepillin C. Kimoto T, Koya S, Hino K, Yamamoto Y, Nomura
Y, Micallef MJ, Hanaya T, Arai S, Ikeda M, Kurimoto M. Hayashibara
Biochemical Laboratories Inc., Fujisaki Institute, Fujisaki,
Okayama, Japan
27 Apoptosis and suppression of tumor growth by artepillin
C extracted from Brazilian propolis. Kimoto T, Arai S, Kohguchi
M, Aga M, Nomura Y, Micallef MJ, Kurimoto M, Mito K. Fujisaki
Institute, Hayashibara Biochemical Laboratories, Okayama,
Japan.
28 Dr. Med. Yves Donadieu, "Der Pollen" Editora
Maloine S. A. Paris
29 Loschen G, Ebeling L. Inhibition of arachidonic acid cascade
by extract of rye pollen. Arzneimittelforschung 1991;41:162-7
30 Nakase K, Takenaga K, Hamanaka T, et al. Inhibitory effect
and synergism of cernitin pollen extract on the urethral smooth
muscle and diaphragm of the rat. Nippon Yakurigaku Zasshi
1988 Jun;91:385-92
31 Habib FK, Ross M, Buck AC, et al. In vitro evaluation
of the pollen extract, cernitin T-60, in the regulation of
prostate cell growth. Br J Urol 1990;66:393-7
32 Horii A, Iwai S, Maekawa M, Tsujita M. Clinical evaluation
of Cernilton in the treatment of the benign prostatic hypertrophy.
Hinyokika Kiyo 1985;31:739-46
33 Ueda K, Jinno H, Tsujimura S. Clinical evaluation of Cernilton®
on benign prostatic hyperplasia. Hinyokika Kiyo 1985;31:187-91
34 Hayashi J, Mitsui H, Yamakawa G, et al. Clinical evaluation
of Cernilton in benign prostatic hypertrophy. Hinyokika Kiyo
1986;32:135-41).
35 Becker H, Ebeling L. Conservative therapy of benign prostatic
hyperplasia (BPH) with Cernilton. Urologe (B) 1988;28:301-6)
36 Buck AC, Cox R, Rees RW, et al. Treatment of outflow tract
obstruction due to benign prostatic hyperplasia with the pollen
extract, cernilton. A double-blind, placebo-controlled study.
Br J Urol 1990;66:398-404
37 Maekawa M, Kishimoto T, Yasumoto R, et al. Clinical evaluation
of Cernilton on benign prostatic hypertrophy-a multiple center
double-blind study with Paraprost. Hinyokika Kiyo 1990;36:495-516)
38 Dorant E, van den Brandt PA, Goldbohm RA, et al. Garlic
and its significance for the prevention of cancer in humans:
A critical review. Br J Cancer 1993;67:424-9. / Fleishauer
AT, Poole C, Arab L. Garlic consumption and cancer prevention:
meta-analyses of colorectal and stomach cancers. Am J Clin
Nutr 2000;72:1047-52
39 Kono S, Shinchi K, Ikeda N, et al. Green tea consumption
and serum lipid profiles: A cross-sectional study in Northern
Kyushu, Japan. Prev Med 1992;21:526-31
40 Yamaguchi Y, Hayashi M, Yamazoe H, et al. Preventive effects
of green tea extract on lipid abnormalities in serum, liver
and aorta of mice fed an atherogenic diet. Nip Yak Zas 1991;97:329-37
41 Sagesaka-Mitane Y, Milwa M, Okada S. Platelet aggregation
inhibitors in hot water extract of green tea. Chem Pharm Bull
1990;38:790-3
42 Stensvold I, Tverdal A, Solvoll K, et al. Tea consumption.
Relationship to cholesterol, blood pressure, and coronary
and total mortality. Prev Med 1992;21:546-53
43 Suganuma M, Okabe S, Sueoka N, et al. Green tea and cancer
chemoprevention. Mutat Res 1999;428:339-44
44 Weisberger JH, Rivenson A, Garr K, et al. Tea, or tea
and milk, inhibit mammary gland and colon carcinogenesis in
rats. Cancer Lett 1997;114:323-7.
45 Yang CS, Lee MJ, Chen L, Yang GY. Polyphenols as inhibitors
of carcinogenesis. Environ Health Perspect 1997;105(Suppl
4):971-6
Conheça agora nossos Cursos a Distância: Clique aqui!
(62) 3311-2800
Instituto Antônio Vieira de Desenvolvimento Humano
|